Alunos de escolas municipais de Timbó terão aula de robótica em 2018

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O despertar para a ciência é sem dúvida um dos momentos mais marcantes da vida escolar. Imagina se esse novo mundo, da vida, das coisas, de como tudo se transforma, viesse acompanhado da tecnologia? Pois é nesse contexto, da tecnologia, da ciência e da eletrônica que alunos das escolas municipais de Timbó estão sendo inseridos, através do projeto Clube de Tecnologia, que na prática trabalha com a robótica, permeando o caminho das demais disciplinas como física, química e matemática. 
O projeto envolve os alunos do 6º ao 9º ano e teve seu piloto realizado na Escola Municipal Padre Martinho Stein, durante o segundo semestre deste ano. Em 2018, de acordo com o secretário de Educação, Alfroh Postai, ele será levado às demais escolas municipais. À frente do projeto está o professor Doutor em Física Elcio Schuhmacher, da Furb e o professor Mestre em Ciências Naturais e Matemática, Douglas Ropelato, da própria Escola Padre Martinho. 
Segundo o professor Ropelato, o objetivo apresentado pelo projeto Clube de Tecnologia é a criação de um cenário que conecte os alunos com a tecnologia e a computação, “arcabouços da nova sociedade, mas com ênfase em fundamentos das ciências”, disse. 
Ele explica que o projeto consiste basicamente nos alunos desmontarem equipamentos elétricos e eletrônicos e com o complemento de outros materiais encontrados facilmente em sucatas eletrônicas, criar um novo aparelho, um novo sistema, um “robô”, dentro das possibilidades do que está sendo aprendido e dos materiais disponíveis. “Desta forma os alunos começam a entender a tecnologia que os cerca e como a ciência, de forma geral, se encontra inserida dentro do seu cotidiano”, destaca o professor Ropelato.
O professor Schuhmacher observa que a tecnologia é muito mais amiga do homem e que os alunos, durante o projeto, acabam descobrindo isso. De acordo com ele, no nosso dia a dia os produtos tecnológicos parecem equipamentos complexos que demandam conhecimentos aprofundados na área da engenharia ou da tecnologia, mas para especialistas, são apenas alguns princípios da ciência moderna.  “Muitos desses princípios fazem parte de experiências fáceis, que podem ser realizadas com materiais encontrados na cozinha de casa, em supermercados ou mesmo em sucatas eletrônicas”. 
Automação entrará no currículo do projeto
O professor Douglas Ropelato disse que para 2018, além de levar o Clube de Tecnologia para as demais escolas municipais, também será inserida a programação para automação no currículo do projeto. “Os alunos vão começar a aprender a desenvolver a programação para automação como, por exemplo, para fazer uma cortina eletrônica utilizando o bluetooth”.
No desenvolvimento do projeto Clube de Tecnologia, os alunos são instigados a desmontar, analisar e criar novos mecanismos, utilizando para isso diversas ferramentas: chaves, alicate, ferro de solda, multímetro, pistola de cola quente, tesoura, estilete, serrote, micro retífica com brocas, lixas, entre outros. 
Já a matéria prima para desenvolver os trabalhos são as mais diversas: brinquedos que foram desmontados, canos de pvc, palitos para churrasco e picolé, ferragens encontradas em kits, pilhas, restos de computadores, papelão, supercola, garrafas pet e muito mais. 
Chamou a atenção dos professores que muitos alunos não sabem manusear até uma ferramenta muito simples, como um alicate. “Era um costume da nossa geração, desmontar os brinquedos para ver o que havia dentro, como funcionava, o que mais poderia ser feito com eles quando estragassem. Essa atual geração tem tudo nas mãos, tem a tecnologia da informática e da informação, mas está inerte para questões mais técnicas, de como um produto funciona e nessas aulas de “robótica”, dento do Clube de Tecnologia, eles são despertados para esse mundo novo”, frisou Ropelato. 
O Secretário Alfroh Postai destaca que outros projetos na área da robótica foram oferecidos para as escolas municipais, mas optou-se em dar preferência por trabalhar o tema internamente. “Temos professores muito bem qualificados, salas especiais, materiais e muita vontade de trazer novidades. Essa fórmula deu certo e hoje desenvolvemos e, vamos ampliar este trabalho, com custos menores e muito mais aproveitamento por parte dos alunos”. 
O secretário disse ainda que a forma como o projeto Clube de Tecnologia está sendo desenvolvido atrai e ensina com mais qualidade os alunos. “Sabemos do nosso compromisso como gestor da educação municipal, por isso vamos sempre valorizar mais os projetos que venham a ser de interesse de nossos servidores, que possam ajudar o docente a trazer mais qualidade para dentro da sala de aula, que venham gerar mais conhecimento aos alunos e que estejam pautados dentro dos limites da economicidade do setor público”, enfatizou Postai. 
Assessoria de Comunicação 

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